quinta-feira, 1 de outubro de 2009

clipping - jornal do commercio - 18/09/2009

Rio tem Semana dos Realizadores

Fellipe Fernandes
ffernandes@jc.com.br

Se a dimensão do cinema pode ser medida pela quantidade de filmes produzidos, o cinema brasileiro nunca foi tão grande. Dessa forma, nada mais natural que a criação de uma mostra paralela atrelada a um dos maiores festivais cinematográficos do País, o Festival do Rio. A Semana dos Realizadores, que tem início hoje e segue até a próxima quinta no Rio de Janeiro, conta com três obras pernambucanas na mostra que reúne dezenove filmes.

São exibidos no Unibanco Arteplex, na Praia de Botafogo: Um lugar ao sol, longa de Gabriel Mascaro que ganhou menção especial em festivais de Buenos Aires e Chile e estreia no Brasil domingo, Balsa, média-metragem inédito de Marcelo Pedroso, e Não me deixe em casa, curta de Daniel Aragão que estreou no último Festival de Gramado. A programação da Semana de Realizadores tem início com a exibição de Sagrado segredo, de André Luiz Oliveira (DF), e Passos no silêncio, de Guto Parente (CE).

“O cinema era maior do que o maior de seus festivais”, lembra a carta de fundação da Semana dos Realizadores, referindo-se ao surgimento da Quinzena dos Realizadores, mostra paralela ao Festival de Cannes. Assinada por sete cineastas, a carta ressalta que a mostra carioca não pretende dar conta de toda a produção nacional contemporânea. “No entanto, consideramos significativa a duplicação dos pontos de vista representada pelo simples fato de que passem a ser dois, e não mais apenas um, os olhares lançados sobre a produção audiovisual no contexto deste momento privilegiado do ano em que os olhos cinematográficos do país se voltam para o Rio de Janeiro”, expressa o texto.

“Existe minimamente uma unidade na seleção dos filmes. As obras têm um desejo de propor olhares de cinema que vão na contramão de um cinema oficial. Um cinema que busca se arriscar, que não tem compromisso a priori com sucessos comerciais, mas que quer muito ser visto”, explica Eduardo Valente, um dos fundadores que assina a carta ao lado de Felipe Bragança, Gustavo Spolidoro, Helvécio Marins Jr., Kleber Mendonça Filho (crítico deste JC), Lis Kogan e Marina Meliande.

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