sábado, 31 de outubro de 2009

clipping - folha de pernambuco - 05/10/2009



O outro percurso da "Balsa"

Marcelo Pedroso faz estratégia alternativa para seu novo filme
Talles Colatino   





O média-metragem terá sua primeira exibição pública, no Recife, hoje




O desafio de superar as barreiras da distribuição de filmes fez com que o cineasta Marcelo Pedroso montasse uma estratégia inovadora para divulgar sua mais recente produção, o documentário “Balsa”. O média-metragem, que teve sua premiere mês passado, na Semana dos Realizadores, no Rio de Janeiro, terá sua primeira exibição pública hoje - e durante o resto da semana -, em escolas públicas de Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho.

“O mercado de distribuição de filmes tem muitos empecilhos e os festivais acabam sendo uma das poucas saídas para conseguir visibilidade. Mas a situação fica mais difícil quando se trata de um média-metragem, que era o formato mais adequado para ‘Balsa’. Os festivais têm um suporte melhor para curtas e longas”, analisa o diretor. Investindo na escola como um espaço de formação, a intenção de Pedroso é que os alunos possam descobrir outras formas de linguagem e recepção de filmes, bem diferente do cinema comercial.

O documentário, que foi gravado em agosto de 2008 com recursos do concurso de roteiros Ary Severo/Firmo Neto (Prefeitura do Recife e Governo do Estado de Pernambuco), utiliza da subjetividade para narrar a travessia de um rio através de uma balsa, enquanto uma ponte - que, uma vez concluída, tende a acabar com a travessia pela embarcação - é construída.  “Como o edital para a realização do filme foi público, é justo que a gente procure democratizar o acesso a ele”, pontua Pedroso.

O programa que percorrerá as escolas tem parceria com o curso de cinema da Universidade Federal de Pernambuco. Os alunos do curso, que já viram o filme e escreveram críticas a serem publicadas no blog de “Balsa” (www.docbalsa.blogspot.com), participarão dos debates com os estudantes dessas escolas.

Pedroso também preparou mil cópias do filme, para distribuir nas locadoras da cidade e colocar a venda em lugares estratégicos, como livrarias. O DVD deverá custar entre R$ 8 e R$ 11 (preço a ser definido) e, entre os pontos de venda já fechados, está o Café Castigliani, instalado no Cinema da Fundação. Mesmo cinema que, no próximo dia 10, exibe “Balsa” gratuitamente no Cineclube Dissenso, às 14h, seguido de debate.

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